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domingo, julho 26, 2009

Cientistas acham forma de mulheres produzirem esperma


Tecnologia de transformação de ossos femininos em esperma está sendo desenvolvida na Inglaterra.

O dia em que a Ciência virou o ‘pai’ de nossos filhos: cientistas da Universidade de Newcastle upon Tyne, Inglaterra, alegam que em dois anos serão capazes de produzir esperma a partir da medula óssea das mulheres.

Essa descoberta traria uma possibilidade muito sonhada: a de casais lésbicos terem filhos que são biologicamente seus.

Ademais, a comunidade LGBT por completo tem todas as razões para comemorar esse avanço, uma vez que casais de homens gays também podem usar a técnica para criar óvulos a partir da medula óssea masculina.

Além disso, essa técnica abriria caminho para novas formas de tratamento para a infertilidade.

Alguns críticos já alertam para as mudanças que essa descoberta acarretará, uma vez que isso eliminaria por completo o papel biológico do homem na criação de um bebê e geraria crianças por métodos inteiramente artificiais.

Aqui no Brasil, pesquisadores do Instituto Butantan alegam já terem conseguido transformar células-tronco de um rato macho em tanto esperma como óvulos - as células-tronco são as ‘células-mãe’ do corpo humano, e podem ser transformadas em quaisquer outras células.

A ‘morte do pai’ no papel de criação de um bebê, na realidade, parece ser o nascimento de novos caminhos para criar vida, fazendo com que a estrura familiar se adapte às novas necessidades dos dias atuais.

Para nós, lésbicas, essa descoberta alimenta o sonho de filhos que possam ter as características físicas das duas mães em questão. É com certeza tempo de acreditar que o futuro nos trará coisas boas e que as leis serão obrigadas a acompanhar os avanços da ciência.

Fonte: Parada Lésbica.

Nova lei de adoção dá vez para casais gays

Nova lei aprovada no Senado, pode dar a vez para casais gays.

Na última quarta-feira, 15/07, foi aprovado no Senado a nova Lei Nacional de Adoção, na qual poderá dar aos casais homossexuais o direito de adotarem crianças.

Segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, o projeto que agora aguarda a sanção do presidente Lula, não impõe qualquer restrição para casais do mesmo sexo, e de acordo com os senadores, cabe aos juízes avaliarem cada caso singularmente.

A nova lei ainda estabelece o conceito de família extensa, ou seja, a criança poderá ficar com avós, tios, parentes próximos no geral. Também reduzirá o tempo de permanência das crianças nos abrigos - que deverá ser no máximo de 2 anos - e a desburocratização do processo de adoção, o unificando em todo o território brasileiro.

Para poder entrar com um processo de adoção, os interessados deverão ter mais do que 18 anos, independentemente do estado civil, e caso seja uma adoção conjunta, devem ser casados civilmente ou estarem em uma união estável.

O texto aprovado substitui um projeto da Câmara (nº 314/04) da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE). O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) foi quem o relatou.

Fonte:Parada Lésbica.

Padrão de beleza lés.


Pesquisa mostra que mulheres lésbicas se sentem menos pressionadas a seguir padrão de beleza.

Um estudo recente realizado pela Sociedade Britânica de Psicologia descobriu que as mulheres heterossexuais e bissexuais sentem maior pressão em conseguir um “corpo perfeito” do que as homossexuais.

A pesquisa utilizou uma amostra de 472 mulheres - 119 lésbicas, 89 bissexuais e 264 heterossexuais -, que responderam a questionários sobre aparência, satisfação com o corpo e distúrbios alimentares.

O resultado mostrou que as lésbicas sentem menos pressão para se adequar aos padrões sociais de aparência. No entanto, todas as três categorias de estudo mostraram o mesmo nível de pressão no que se refere à satisfação com o corpo e às questões alimentares.

Caroline Huxley, da Universidade de West England, que conduziu a pesquisa, classificou o resultado como “surpreendente”. “As mulheres heterossexuais se mostraram mais afetadas pela mídia, mais conscientes da pressão social pela aparência e internalizaram ideais de atratividade em maior grau que as mulheres homossexuais”, disse Huxley.

Huxley explicou os resultados dizendo que enquanto a pressão sentida pelas heterossexuais afetam sua aparência e hábitos alimentares, as lésbicas sentem pressões diferentes que impactam de maneira similar o modo como vêem o próprio corpo, resultando em níveis similares aos apresentados pelas outras participantes da pesquisa.


Fonte: Parada Lésbica.

Aiiiii essa Bella...

sem comentários.

Paradas: orgulho gay?

A maioria das paradas acaba tornando-se grandes festas, não se parecendo em nada com o motim de Stonewall

Passado o 28 de junho, as principais cidades do país e do mundo param para dar lugar à cidadania de homossexuais, bissexuais, travestis e transgêneros, que saem às ruas demonstrando seu orgulho. Bonito, né? O problema é que a história não é bem assim. A visibilidade que nos é dada em um dia não se reproduz nos outros 364 dias do ano e, passado o “carnaval”, continuamos a ser discriminados, desrespeitados, agredidos, mortos.

Não estou fazendo uma crítica às paradas em si, mas sim à despolitização que se percebe nelas. Acabam tornando-se grandes festas, não se parecendo em nada com o motim de Stonewall*.

Claro que não há problema algum na realização de grandes festas ao ar livre onde todos possam viver sua sexualidade e mostrar ao mundo seu orgulho em ser diferente, o fato é que esse tal orgulho nem sempre existe. Um exemplo disso é quando alguém é agredido na parada, como ocorreu em São Paulo, e não quer registrar ocorrência na polícia para não se expor. Podem chamar-me chata, mas não creio que o verdadeiro orgulho sirva apenas para festejar e sucumba frente a um policial.

Creio que o fato de o Brasil sediar algumas das maiores Paradas do mundo, e de elas serem realizadas em tantas cidades é uma grande conquista, mas esses dias devem ser - também - dias de luta, não apenas de festa, para que nosso país, além de ter as maiores paradas, deixe de ter uma das legislações mais atrasadas do mundo ocidental em relação aos direitos humanos dos GLBTs.

*Stonewall-Inn era um bar freqüentado por GLBTs, em Nova Iorque, que pagava propina à polícia para funcionar. Na noite de 28 de junho de 1969 a polícia, mais uma vez, invadiu o bar alegando falta de licença para a venda de bebidas. Todos os travestis que lá estavam foram presos.

Teria sido apenas mais uma noite de prisões em Stonewall, mas alguns freqüentadores do bar resolveram resistir e enfrentar os policiais, em solidariedade aos presos. A guerrilha estava armada: policiais de um lado, gays e lésbicas do outro, e travestis na viatura. Garrafas, latas e moedas voavam sobre os policiais que, quando viram a multidão enfurecida, se refugiaram dentro do próprio Stonewall. Enquanto os homossexuais começaram a, literalmente, atear fogo ao bar. Ameaçados, os policiais apontaram extintores e mangueiras, mandando água em direção à multidão furiosa. Logo depois chegaram reforços policiais que tentaram dispersar o grupo rebelde. Mas de nada adiantou: o pessoal não saiu dali e voltou a se agrupar para vaiar a polícia atirando pedras, tijolos, garrafas e pondo fogo nas latas de lixo. Quando finalmente conseguiu acalmar a situação, a polícia voltou para a esquadra com um saldo de 13 presos.

No dia seguinte, os policiais voltaram ao bar. Mas a multidão de gays, lésbicas e travestis também voltou mais organizada, com uma atitude mais política, e alguns começaram a pichar frases nas vitrines e nas paredes, reclamando direitos iguais. Outros gritavam exigindo o fim das rusgas nos bares gays. Novamente a multidão atirou pedras e garrafas em direção aos policiais e mais uma vez a polícia investiu contra os manifestantes.

Os homossexuais contaram com a solidariedade dos habitantes locais e tudo só acabou com a decisão do Presidente da Câmara de acabar com a violência policial.
No terceiro dia, um domingo, as coisas pareciam ter voltado ao normal e o bar Stonewall foi reaberto. Os seus clientes habituais voltaram, a polícia deixou-os em paz por um tempo e os jornais acabaram por se ocupar de outros assuntos.

Mas na verdade tudo havia mudado. A partir daquele dia, aqueles gays, lésbicas e travestis perceberam que nunca iriam ser aceitos pela sociedade se ficassem apenas à espera e a depender da boa vontade da sociedade. A rebelião mostrou que a atitude que deveria ser tomada era a do enfrentamento. O discurso mudou. Nada mais de pedir para ser aceito: era preciso exigir respeito.

Fonte: Parada Lésbica.